quinta-feira, 30 de abril de 2009

Balanço I (Peres/Markus)

É manhã e o balanço, estático,
Espera a tarde chegar,
E quem quer que seja, venha sentar-se.
Para pensar na vida, na morte,
Na dor ou no amor.

O balanço não dita sua própria trajetória.
Quem o usa, balança como quiser.
Recorda ou planeja sua história.
Porque o balanço é a propulsão,
Que ao mesmo tempo em que nos faz lembrar,
Nos deixa sonhar, desejar.

A decisão é de quem balança.
Hoje, é para trás...
Ou para frente?

terça-feira, 28 de abril de 2009

Tal.

Mesmo com o dia cheio,
Corrido, difícil, sacal...
Arranjo um tempo para lembrar da tal.

Tal que melhora meu humor,
Torna-me um ser melhor.
Que me molda sem saber.

Deitado, momentos antes de dormir,
Penso no dia que passou,
Nos dias que estaremos juntos...
Eu e essa tal de Alegria.
Alegria que me falta.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Evasiva.


Pense estrategicamente como poderás lidar.
Esconder-se em si...
Deixar todos acreditarem que não passastes por aqui.

Esquecer algumas vivências...
Simplesmente fazer as malas e partir.
Fazendo-as parecer cheias demais para caberem arrependimentos.

Não sabe quando volta,
Muito menos se volta.
Esconde a saudade e não chora.

Tomar decisões é difícil.
Por isso pareces teimosa,
Diz-se preguiçosa, distraída.
Ah, mas conheço bem...
É tudo fuga.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Boca Rosa.

O rubro da rosa já não me comove mais, a rosa está despetalada.
O teu sorriso sereno continua belo, contudo já não me satisfaz.
Prendo-me a realidade para não enganar meus sentimentos.

És linda e formosa, mas não a tenho.
Assim me ocorre o mesmo drama da rosa que perde sua corola.
Enquanto viva é amor, morta é dor.

Sinto-me inteiro com a dor...
Por saber o que a atenuaria.
Amando, sinto-me em pedaços...
Por não saber o que fazer para estar junto a ti.

Sei que este caminho que tua boca rosa traça não me leva ao teu encontro.
Assim, prefiro ficar aqui, parado, onde o amor não possa ver-te.
Onde eu descanse em paz.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ignorante no quesito amor.


Logo quando avistei, prontamente quis tê-la em meus braços.
Loucamente me declarei e ouvi a pior resposta de minha vida.
A pressa de querer amar me deixou assim... sozinho.

Depois de algum tempo conheci um outro alguém.
Porem a lembrança daquele antigo amor não correspondido tomou conta de mim.
O medo de amar me deixou assim... sozinho.

O tempo passou e de lá para cá ouvi muitos conselhos de amigos.
Mas só com a vida percebi que nunca amei.
Amor é amar... não importa se estou ou não com meu amor.