quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Lembranças e um poema a quatro mãos. (Breno Peres/ Fernanda Markus)

Flagro-me a pensar
Sobre coisas que tinha dito já esquecidas.
Ao lavar pratos, imagino como teria sido.
E ao invés de querer, evito.
Não sou mais refém do que sinto.

Não é sempre,
Mas vez ou outra,
Fico triste por ter acabado o que mal foi vivido.
Teria sido melhor se não tivesses partido...
Porém repito: não sou mais refém do que sinto.

Às vezes, desprevenido, lembro do teu jeito
E daquela mania de colocar-me defeitos...
Mas se disser que não te adorava, pode dizer que minto.
Insisto que não sou mais refém do que sinto.

E quando esqueço da vida eu lembro de ti.
Podem rir, pois quem amou não está mais aqui.
Perdido, afogo-me numa garrafa de absinto
E começo a duvidar se não sou mais refém do que sinto.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

É assim.



Todo coração é bobo...
Tudo que é penso é torto,
Nosso tempo todo é pouco.

Assim como a vida a dor é passageira,
Assim como o amor é pra vida inteira,
Assim como o tempo passa, eu mudo.

O que a morte apaga nunca houve,
O que nunca houve não viveu,
E quem não vive não sou eu!

É assim que nossa vida toda passa.
É assim... E se pararmos o tempo também passa!

Cada dia mais é um a menos,
Para se pensar no que se fez,
Pra terminar seu dever.

A cada momento eu aprendo,
Seja com meus erros ou acertos.
Mesmo sendo às vezes sem querer.

Muitas vezes eu me lembro
Das coisas que já passei
E me encorajo paras que vem!

É assim que nossa vida toda passa...
É assim... E se pararmos o tempo também passa!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Rotina.



De manhã vejo gente.
No poente vejo sombras.
À noite ouço coisas.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Sem saber.




Não importa o quanto eu fale que esqueci,
Pois são raras as vezes que não me flagro escrevendo algo sobre...
Não importa o quanto eu escreva sobre,
porque nunca vou conseguir descrever o que sinto por completo.
E provavelmente não importa o quanto leia, você nunca vai mudar de idéia.

Se estou triste ou pensativo não importa,
Porque às vezes o que penso me desanima, e me faz desistir.
Às vezes estou triste e a única solução é me alegrar.
Ao vomitar minhas verdades pra você,
eu pago o preço de talvez não te esquecer.
Ao ruminar minhas verdades pra esconder, eu pago preço de enlouquecer.

A chuva. (Letícia Alves/ Breno Peres)


A chuva vem e faz o tempo parar.
Vem e faz pensar, pensar nos feitos e não feitos.
Nos ditos e não ditos.
Quando ela passa, leva com ela
Parte das impurezas que ficam na alma,
Agregadas no cotidiano e na rotina de uma vida perturbada,
Lavando uma parte do ser,
Uma parte que volta a se sujar
A parte que nos faz ser quem somos.
O que sempre voltamos a ser, errantes.


Errantes das palavras, das idéias, dos sentimentos.
Errantes não por opção, mas porque assim somos.
A cada feito, mal feito,
A cada dito, mal dito,
Ou vacilo na hora agá.
Sempre nos deixam melhores...
Menos errantes depois do equívoco.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Talvez sem fim.


Pode parecer abusrdo.
Mas apesar de complexa a vida é simples.
Para grande parte das pessoas é difícil entendê - la, por limitá - la.


Acham que a partir do momento que nascem,
Começa a vida...
E termina assim que morrem.


Viver é sentir - se útil
Investir no que se acha correto,
Sentir emoções...
Quanto as decepções.
É gritar de alegria,
É chorar de prazer...
Brigar e saber perdoar.
Sentir a angustia de um anoitecer sozinho,
E ficar feliz por não ter alguém pra lhe regrar.
É saber perder, mas continuar tentando.
É saber ser forte e flexível nos momentos certos.
Fazer o que quer, agüentando as conseqüências do feito.


Na vida pode não ter uma receita para ser feliz.
Mas do que adiantaria uma se não souber aplicar o que ela diz?
A melhor forma de ser feliz é ser aquilo que você quer.


Não é o fato de nascer que lhe garante o viver...
A morte não apaga o brilho de quem vive de verdade.


Existem pessoas vivas que parecem mortas...
E pessoas mortas mais vivas que alguns de nós!