O rubro da rosa já não me comove mais, a rosa está despetalada.
O teu sorriso sereno continua belo, contudo já não me satisfaz.
Prendo-me a realidade para não enganar meus sentimentos.
És linda e formosa, mas não a tenho.
Assim me ocorre o mesmo drama da rosa que perde sua corola.
Enquanto viva é amor, morta é dor.
Sinto-me inteiro com a dor...
Por saber o que a atenuaria.
Amando, sinto-me em pedaços...
Por não saber o que fazer para estar junto a ti.
Sei que este caminho que tua boca rosa traça não me leva ao teu encontro.
Assim, prefiro ficar aqui, parado, onde o amor não possa ver-te.
Onde eu descanse em paz.
3 comentários:
como já dizia Luís de Camões: 'o amor é dor que desatina sem doer'. É díficil de dizer o porque às vezes tanto queremos, e ao mesmo 'repugnamos', com o medo de sentir e depois não valer, um medo de doer.
Como já dizia meu fi, seus textos são incríveis, parabéns todos os dias.
[desculpa pelo of sem dizer ontem, é a bendita internet]
"Sinto-me inteiro com a dor...
Por saber o que a atenuaria.
Amando, sinto-me em pedaços..."
Você percebe o que escreve?
Com a dor, sente-se inteiro...
Porque quando ama, está em pedaços.
Paradoxo Lispectoriano! Lindo demais...
Você é um orgulho.
Obrigada por ter postado esse poema LINDO! Só depois de muito revisar você publica... tá certo!
Eu que publico lixos a torto e a direito no meu... haha!
Você é incrível, Pelé!
Beijão
Muito Bom...
Em breve, farei um comentário melhor.
Abração.
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