sexta-feira, 10 de abril de 2009

Boca Rosa.

O rubro da rosa já não me comove mais, a rosa está despetalada.
O teu sorriso sereno continua belo, contudo já não me satisfaz.
Prendo-me a realidade para não enganar meus sentimentos.

És linda e formosa, mas não a tenho.
Assim me ocorre o mesmo drama da rosa que perde sua corola.
Enquanto viva é amor, morta é dor.

Sinto-me inteiro com a dor...
Por saber o que a atenuaria.
Amando, sinto-me em pedaços...
Por não saber o que fazer para estar junto a ti.

Sei que este caminho que tua boca rosa traça não me leva ao teu encontro.
Assim, prefiro ficar aqui, parado, onde o amor não possa ver-te.
Onde eu descanse em paz.

3 comentários:

Conteúdo Sólido/Moda Coruja disse...

como já dizia Luís de Camões: 'o amor é dor que desatina sem doer'. É díficil de dizer o porque às vezes tanto queremos, e ao mesmo 'repugnamos', com o medo de sentir e depois não valer, um medo de doer.

Como já dizia meu fi, seus textos são incríveis, parabéns todos os dias.

[desculpa pelo of sem dizer ontem, é a bendita internet]

Autora escondida disse...

"Sinto-me inteiro com a dor...
Por saber o que a atenuaria.
Amando, sinto-me em pedaços..."

Você percebe o que escreve?
Com a dor, sente-se inteiro...
Porque quando ama, está em pedaços.
Paradoxo Lispectoriano! Lindo demais...

Você é um orgulho.
Obrigada por ter postado esse poema LINDO! Só depois de muito revisar você publica... tá certo!
Eu que publico lixos a torto e a direito no meu... haha!

Você é incrível, Pelé!
Beijão

Dudu Mélo disse...

Muito Bom...
Em breve, farei um comentário melhor.

Abração.