A faca que uso para untar o pão,
Limpo a língua.
Sem receio do corte.
Em momentos com meu café
Aproveito o sabor meio amargo.
Arrisco o queimar da boca, pelo prazer.
Nas noites de chuva,
O banho é de água fria...
Ou um pouco mais que fria.
Só nasci para arriscar.
Aqui vim, para sentir
Desde a tez, à decepção.
Aventuro-me sem grandes condições.
Umas vezes por descobertas,
Ora ou outra por falta de direção.
Não sei bem.
Mas estou ainda assim, inteiro,
Talvez por sorte.
Sem medo da queda, jogo-me.
Sem medo de ter, tenho.
Sem medo do fim, sigo.
2 comentários:
Ah, se todo caminho fosse feito de campos vastos de flores.
Ah, se todo caminho não fosse torto.
Ah, se existisse apenas um caminho.
São tantos caminhos, qual deles escolho?
abração.
"Arrisco o queimar da boca, pelo prazer."
Mas vc diz tudo, dizendo quase nada.
Beijo
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