segunda-feira, 25 de maio de 2009

Caminho o meu caminho.



A faca que uso para untar o pão,
Limpo a língua.
Sem receio do corte.

Em momentos com meu café
Aproveito o sabor meio amargo.
Arrisco o queimar da boca, pelo prazer.

Nas noites de chuva,
O banho é de água fria...
Ou um pouco mais que fria.

Só nasci para arriscar.
Aqui vim, para sentir
Desde a tez, à decepção.

Aventuro-me sem grandes condições.
Umas vezes por descobertas,
Ora ou outra por falta de direção.

Não sei bem.
Mas estou ainda assim, inteiro,
Talvez por sorte.

Sem medo da queda, jogo-me.
Sem medo de ter, tenho.
Sem medo do fim, sigo.

2 comentários:

Dudu Mélo disse...

Ah, se todo caminho fosse feito de campos vastos de flores.
Ah, se todo caminho não fosse torto.
Ah, se existisse apenas um caminho.
São tantos caminhos, qual deles escolho?

abração.

Autora escondida disse...

"Arrisco o queimar da boca, pelo prazer."

Mas vc diz tudo, dizendo quase nada.

Beijo