quarta-feira, 2 de junho de 2010

Apenas um velho triste. (Peres/Markus)

Inquieto para achar no outro um
Pedaço meu. Imagino semelhanças
Mesmo que irreais. Ilusão consciente.

Em verdade vejo leitos.
Corpos doentes, imperfeitos.
Provando o quanto somos frágeis.

Somos homônimos.
De pé, me vejo ali deitado,
Sem saber bem o porquê.

No entanto os vejo...
Sinto algo. Não digo nada.
Prefiro esquecer.

Troco de alma com os corpos
Já castigados pela dor
E vejo que também estou doente.

Outras tantas me esqueço da figura humana.
Conforto-me ao lembrar que não
Tenho sido desigual, nem desumano.

E é confuso saber que não sou obrigado
A ajudar, mas que é necessário mudar.
Um dia hei de morrer, com ou sem dor.

4 comentários:

Autora escondida disse...

Ninguém sabe a saudade que senti de escrever com você.

Claire disse...

me lembrou o livro um ,nenhum,cem mil , vale a pena ler!!!!
gostei , sumido!!!!]obrigada pelo elogio hehehe

frassinetts disse...

seríamos todos uma alma só? enferma...?

Anônimo disse...

Os dois melhores escritores que eu já vi juntos.
Esse texto vai além de qualquer comentário meu.