quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Sem título V

Cada vez mais quieto para escutar
Mais de perto as coisas quase não
Ditas.

Quebro minha voz e enfatizo os meus gestos.
Tento, decerto, ser o intervalo da vida, para
Construir a melodia nos passos do dia a dia.

Com volume quase no zero, deixo o bem,
Bem de perto, àqueles que lêem além das
Mensagens ditas aos cegos.

O real quase sempre me frustra, o humano
Me assusta. Mas as feridas se fecham toda vez
Que alguém compreende o silêncio.

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