segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Reticências

Dentre os fatos que considero um
Grande acontecimento em minha vida,
Ela foi um deles, mesmo que não acredite,
Ou não queira tal mérito.

Não tivemos a menor chance.
Sem fundamentos além da atração,
Quebramos antes de construir.
Apenas nos olhávamos, sentindo

O que talvez fosse o fim, sem saber
Bem do que, e do que seria feito
Daqueles momentos silenciosos

Em que apenas pensávamos em
Segredo, escondendo um do outro
O que já não sabíamos.

domingo, 22 de novembro de 2009

Sogima II

Juntei os pertences no vazio da mesa.
Tempo apenas para compreender o silêncio.
No rosto, um olhar sonolento.
Fui torto, pensando migalhas.

Tedioso relógio guia as horas fazendo de
Pensamentos – poesias mal terminadas
Por interrupções vadias.

A salvação é quebrar a rotina,
Encontrar um amigo que mal se via.
Ouvir jazz, conversar, sorrir das
Besteiras vividas.

Do chão, escolher a rota já conhecida.
No bolso, pequenos rascunhos do dia,
Na mente uma certeza antiga.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Avesso.

Se hoje as dificuldades são tantas,
É porque tinha de acontecer.
Alegrias virão.

O fato de acabar com tudo
Que agora me incomoda,
Será lembrado com agrado.

Portanto espero...
Por mais um momento feliz.
Se for dor, que doa.
Irei sorrir dela um dia.

Pensando no que aprendi,
Lembrei de como me ensinou.
Meu exemplo de não ser.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Atraso.

Impressionante como se torna evidente,
A lentidão do mundo, e a velocidade das horas,
Quando se tem pressa.
O tempo acelera conforme o passo aperta.

A.Mor.To

Formou-se um
Incansável amor.
Sem controle algum,
Peco sem dó.

Tua boca sem batom,
Com sorriso acanhado.
Olhar leve, sagaz.

És algo incompreensível...
Um veneno ameno,
Que nem mata, nem cura.
Permanece em mim, sem fim.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Omelete.

Quebrei nossa caixa de ovos.
Quebrei a cara...
Restaram tantas outras caixas.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Sem título III

Odeio a capacidade de alívio momentâneo.
Sinto a dor constante, enquanto puder.
Prefiro o incomodo, a ilusão de um fim.

Quero cessar definitivamente,
Ou suportar eternamente.
Não me interessa o pedaço.

O corte é minha dor.
O todo é meu desejo.
És tu o meu inteiro.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Quase amor.

Sem sentir, gostei.
Então senti e gostei mais uma vez.
Gostei mesmo sem ser.

Cativante apareceu com sua leveza...
Não é um livre arbítrio,
É na verdade um arbitrário livre.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

1 + 1 = 3

Inegável é o afeto.
Amor talvez perpétuo,
Dúvidas virão, decerto.

Vivo confuso e desconfio do eterno.
Se mal decifro o que sinto,
Desconsidero pensar, senão por mim.

Condutas tácitas se quebram,
Desvios oblíquos consertam,
Silêncio e olhares selam.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sogima

Éramos três,
Viramos quatro,
Mas faltava a quinta.

Éramos quatro,
Falamos de vários,
Inclusive indigestos.

Éramos um bando,
Dividindo segredos,
Sem medo de sermos nós mesmos.

Agora sou um,
Com saudade do resto,
Dos rostos e dos gestos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Quase Teu.

Hoje a tenho,
Amanhã nem penso.
Agora tento ser como a vida, simples.

Basta a complexidade deste sentimento.
Quero mesmo é senti-lo,
Assim como sinto tua pele macia na minha,
E teu aroma, que dizes inodoro.

O forte contentamento que me envolve,
Por sentir apenas no olhar,
Um ardor maciço no peito.

O que quero é ser teu...
Sem medir o tempo escasso,
Aproveitando-o ao máximo.
Despreocupado com começo, meio e fim.

sábado, 15 de agosto de 2009

Identidade.

Às vezes a loucura toma conta de mim.
Ou a consciência que seria assim?
Isso é o que menos importa.

Ser algo único é o meu lema...
Não ligo se sou isso ou aquilo.
Pouco me importa o que achas.
Mas fico feliz caso gostes de mim.

Honestos por serem loucos, muitos encontrarás.
Mas como eu...
Louco por ser honesto, acho difícil esbarrar.

Partes.

Seria em parte verdade se eu falasse que não gosto de ti.
Doer-me-ia muito ter esta certeza.
Mas é impossível tê-la,
Visto que nos momentos de nossos encontros
Esse sentimento fica em xeque.

Não consigo pensar da forma como quando estou longe de ti.
A dúvida cruel, de querer por gostar, ou por mero capricho de tê-la em minhas mãos,
Mostra-se fervescente a sua presença.

Na verdade não sou eu que nego o que sinto.
Eu apenas me confundo no mar de sentimentos
Que me arrasta ora para o querer, ora para o abuso.

Se percebo que me foges das mãos.
Faço de tudo para conseguir tua volta,
Ou pelo menos garantir tua estática.
Mas caso me ignores por demais...
Desejo que se dane para alem dos carnavais.

Mas logo me arrependo.
Fazendo voltar esse ciclo que não sei dizer
Se é maligno ou benigno.
Esse ciclo o qual me faz querer-te,
Ou ficar livre de uma vez.

Porem todas as vezes que penso nisso
Chego a uma única e ridícula conclusão,
De que por mais que eu não saiba se
Devo ou não continuar com isso...
Prefiro arriscar ter-te a deixar-te
Escapar sem saber a verdade sobre nós.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sem Título II

Lentamente fecham-se os olhos
Em busca de mais um sonho bom,
Tomado por sensações mágicas.

Intermitentes flashes entre real e fantasia,
Começam a trazer do sono para a ativa.
Inicio de uma jornada chamada dia.
A tarde cadencia, mas não evita a noite fria.

sábado, 11 de julho de 2009

Forse Così (Peres / Markus)

Sinto em suas palavras, mesmo frias e poucas,
O atento afeto que tens por mim.
Mas não é o bastante para soltar-me das amarras que fiz.

Espero um amor sem drama,
Com um pouco de pudor e gana.
Sentimento com curvas sem culpa.

Se te escondes de mim com tantas armas na mão,
É porque me tens atado ao teu coração.
E não esforçastes para nos ver livres.

Percebo que me afagas para ter meu corpo por perto.
Mas uma noite, decerto, escaparei das grades,
Talvez sem sucesso, por gostar tanto de ti.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Pela janela.

Que a chuva caia.
O vento passe - um furacão.
O amor acabe, mas não se esqueça do perdão.

Que a chama apague.
E a vida passe sem ilusão,
Os olhos fechem com lágrimas de adeus.

Que a onda quebre,
E a brisa leve...
Minha solidão.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Assimétrico.

Na minha condição adversa.
Eu poderia ser apenas sua imaginação.
Assim não precisaria de um coração.

Existiria apenas para ti,
Sentir-me-ia sempre que desejasse.
Sem grandes complicações.

Seria eu, o par perfeito.
Um bom sujeito, sem qualquer
Defeito ou distorção.

Desta forma não sentiria sua falta,
Seu aroma, seu sabor.
Nem teria o prazer de olhar-te nos olhos.

Pensando bem...
Prefiro ser de carne,
Não me importo se arde.

Mesmo que se acabe e não sobre nem o oco,
Transfomando- se em algo sem valor.
Ainda que o beijo tenha gosto de isopor.
Os olhares opacos renunciem o amor.
Ainda assim, estranhamente arrisco.

Estranha vontade que não sacio,
Parece congênita em mim...
Sofrendo por gostar, e gostando de sofrer.

Estranho sou eu,
Estranha é você.

Estranha vontade de infringir o silêncio,
Escondido nas palavras de um poema
Simples, dialético, completamente assimétrico.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Sem título I

As pernas entrelaçadas,
E a carne quente, afebril.
Corpos ávidos, sem pudor.

Safados, mas serenos.
Dependendo de quem for,
Pode ser ou não amor.

Olhares se cruzam sem pecado.
Sussurros ao pé do ouvido calam-se.
A respiração falha.

E ao descansar...
A carne trêmula
Não significa exatamente o fim.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Caminho o meu caminho.



A faca que uso para untar o pão,
Limpo a língua.
Sem receio do corte.

Em momentos com meu café
Aproveito o sabor meio amargo.
Arrisco o queimar da boca, pelo prazer.

Nas noites de chuva,
O banho é de água fria...
Ou um pouco mais que fria.

Só nasci para arriscar.
Aqui vim, para sentir
Desde a tez, à decepção.

Aventuro-me sem grandes condições.
Umas vezes por descobertas,
Ora ou outra por falta de direção.

Não sei bem.
Mas estou ainda assim, inteiro,
Talvez por sorte.

Sem medo da queda, jogo-me.
Sem medo de ter, tenho.
Sem medo do fim, sigo.

domingo, 10 de maio de 2009

Vininha Avisou.

Não me agrada a idéia de saber
Que nunca mais irei provar o beijo.
Espero um brilho de alívio no olhar.

Não sei bem aonde vou.
Minha alma vaga durante a noite
Buscando um ensejo para voltar.

Sem êxito, vou tentando apagar.
Escondendo o desejo de enfrentar.
Ouvindo conselhos de quem quer ajudar.

O poeta avisou...
“A distância não existe”.
Hoje sinto na pele o significado disto.
Apenas O nome provoca arrepios.

Bem ou Mal, Proposital.

Destinos distintos se cruzam...
Deste atrito nascem faíscas
Que acendem a vida.

Relações indefinidas.
Compartilhadas, usadas, traídas.
Amores, saudades, feridas.

Lembranças intensas na mente,
Desejo presente na carne entre os dentes.
Convívio ciente - pessoa errada à frente.

Sem saída...
Encara, enfrenta, atiça.
Joga-se de vez e cativa.

Acorda suado, sentindo o sabor.
Era apenas delírio...
É saudade mesmo, querida.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Futura conversa com um velho amigo.

Se pudesses dizer-me algo, certamente falarias para eu continuar.
Em todas minhas vontades... minhas verdadeiras vontades:
Falar tudo que sinto.
Lutar pelas causas que acho justas, mas que evito por medo de estar sozinho.
Tenho certeza que dirias também para não desistir do amor.
Não só do amor fraternal, aquele se tem pelos amigos, irmãos – de sangue ou não – mas o qual “só é bem grande se for triste”, aquele que não podemos ter “medo de sofrer”.
Dir-me-ia também... “há sempre uma mulher à sua espera com os olhos cheios de carinho e as mãos cheias de perdão”, a fim de me consolar.
Mas depois da terceira ou quarta dose de uísque, eu contaria a história por completo.
Você me diria o segredo, “mas tudo isso não adianta nada se nesta selva escura e desvairada não se souber achar a grande amada para viver um grande amor”.
E em alguns momentos me sentiria confiante... Outros nem tanto.
Então sabiamente irias resumir tudo em poucas palavras “sei lá... a vida tem sempre razão”.

Balanço III (Peres\Markus)

À tarde, de outras tardes quaisquer,
O balanço continua a oscilar,
E quem o faz, lembra de alguém.
Um amor deixado para trás.
Uma oportunidade que o tempo não traz mais.
O sorriso e ternura de um certo rapaz.
Mas quem adivinharia que tudo passaria tão rápido?

Naquele momento conseguia enxergar com clareza
Quantas oportunidades foram perdidas,
Quantas palavras não foram ditas,
Quantas ações foram reprimidas.

Sentiu-se incapaz de entender...
Algo que antes parecia ser complicado,
Era agora tão claro!
Já não fazia sentido ter calado.

Balanço II (Peres\Markus)

À tarde, o balanço oscila.
E a jovem que o faz, viaja...
Nos altos e baixos, atos e talhos da vida.
Deseja um bom futuro, pensa em soluções,
Resguarda seus arrependimentos
- são apenas devaneios –
Aceita o que foi feito.

Descuidada lembra-se de um amor.
Recorda sua infância e o inocente fervor que sentia ao vê-lo.
Sente certa vergonha por hoje não sentir apenas o coração sem freio.

Deseja muito mais que beijos.
Está incerta do desejo.
Espera que seja verdadeiro.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Balanço I (Peres/Markus)

É manhã e o balanço, estático,
Espera a tarde chegar,
E quem quer que seja, venha sentar-se.
Para pensar na vida, na morte,
Na dor ou no amor.

O balanço não dita sua própria trajetória.
Quem o usa, balança como quiser.
Recorda ou planeja sua história.
Porque o balanço é a propulsão,
Que ao mesmo tempo em que nos faz lembrar,
Nos deixa sonhar, desejar.

A decisão é de quem balança.
Hoje, é para trás...
Ou para frente?

terça-feira, 28 de abril de 2009

Tal.

Mesmo com o dia cheio,
Corrido, difícil, sacal...
Arranjo um tempo para lembrar da tal.

Tal que melhora meu humor,
Torna-me um ser melhor.
Que me molda sem saber.

Deitado, momentos antes de dormir,
Penso no dia que passou,
Nos dias que estaremos juntos...
Eu e essa tal de Alegria.
Alegria que me falta.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Evasiva.


Pense estrategicamente como poderás lidar.
Esconder-se em si...
Deixar todos acreditarem que não passastes por aqui.

Esquecer algumas vivências...
Simplesmente fazer as malas e partir.
Fazendo-as parecer cheias demais para caberem arrependimentos.

Não sabe quando volta,
Muito menos se volta.
Esconde a saudade e não chora.

Tomar decisões é difícil.
Por isso pareces teimosa,
Diz-se preguiçosa, distraída.
Ah, mas conheço bem...
É tudo fuga.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Boca Rosa.

O rubro da rosa já não me comove mais, a rosa está despetalada.
O teu sorriso sereno continua belo, contudo já não me satisfaz.
Prendo-me a realidade para não enganar meus sentimentos.

És linda e formosa, mas não a tenho.
Assim me ocorre o mesmo drama da rosa que perde sua corola.
Enquanto viva é amor, morta é dor.

Sinto-me inteiro com a dor...
Por saber o que a atenuaria.
Amando, sinto-me em pedaços...
Por não saber o que fazer para estar junto a ti.

Sei que este caminho que tua boca rosa traça não me leva ao teu encontro.
Assim, prefiro ficar aqui, parado, onde o amor não possa ver-te.
Onde eu descanse em paz.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ignorante no quesito amor.


Logo quando avistei, prontamente quis tê-la em meus braços.
Loucamente me declarei e ouvi a pior resposta de minha vida.
A pressa de querer amar me deixou assim... sozinho.

Depois de algum tempo conheci um outro alguém.
Porem a lembrança daquele antigo amor não correspondido tomou conta de mim.
O medo de amar me deixou assim... sozinho.

O tempo passou e de lá para cá ouvi muitos conselhos de amigos.
Mas só com a vida percebi que nunca amei.
Amor é amar... não importa se estou ou não com meu amor.

domingo, 29 de março de 2009

Eu sei que você sabe.



Sinto um grande vazio agora
Por esperar tanto tempo... Ou melhor;
Por não saber o que estive esperando.

Quando percebo quanto tempo faz, pareço idiota.
Pensei que iria esquecer instantaneamente.
Mal sabia quanto isso não era negociável ao coração.
Então simplesmente vou levando.

Já não lembro dos aromas por completo,
Nem de todos os sabores...
Os sonhos não são como costumavam ser.
Algumas coisas pararam sem por que...
Sem se importar com o que aconteceu.
E o que restou foi algo simples:
Medo de não ter!

O tempo vai passando e não consigo pensar só em mim.
Com uma forte e sutil mentira me engano.
Mas não me importo...
Pois o melhor de tudo,
É saber que sei sobre toda a verdade.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Faço o que posso.


Nunca prometi ser fiel.
Mas sou leal até à morte com aqueles que são comigo.

Não prometi nem ir, nem voltar.
Mas prometi ser feliz e passar felicidade onde estiver.

Não prometia sentir saudades.
E não cobro saudades,
Mas acho que muitos sentem.
E sinto de muitos.

Não me prometi não pensar...
Não te prometi não pensar...
Porque a promessa seria quebrada só por lembrar do prometido.

domingo, 22 de março de 2009

Esteja Livre.


Não escreveria caso fosse só pra mim.
Sim, eu conseguiria ser egoísta o suficiente.
Guardaria nos meus pensamentos...
Sentiria sozinho:
Amor,
Dor,
Saudade,
Solidão,
Felicidade,
Felicidade,
Arrependimento,
Desilusão.
Coisas do tipo... Assim que pessoas sentem.
Esteja livre.
Hoje pode ser o dia que você mais esperou.

sábado, 7 de março de 2009

Grito.

Ao gritar alivia-se a alma...
Desprende-se do sentimento momentaneamente.
Sente-se bem mesmo que o motivo do grito não seja devido a um prazer!
Gritar por liberdade,
Gritar por igualdade,
Gritar com alguem,
Gritar por alguem,
Gritar por nós mesmos.
A alma renova e estamos prontos ou quase prontos pra outra!
E assim segue-se a vida...
A cada prensa um grito.
Seja ele de dor ou de alivio.
Grito de amor,
Grito de odio,
Grito de medo,
Grito de coragem.
E mesmo que você segure alguns gritos algum dia você irá gritar.
Porque chega um dia que será necessário sair o que sente.
Mesmo que seja no meio de uma multidão...
Ou que você esteja só!
Gritar por perdão;
Grito de desculpa.
Gritar por solução;
Grito de apelo.
Gritar por algo mais;
Grito de esperança.
E assim gritar...
Gritar até só ter voz pra murmurar:
Melhor calar de tanto gritar,
Do que gritar por ter um dia calado!

terça-feira, 3 de março de 2009

O tempo não existe, mas não desiste.


Levando e trazendo vidas.
Contando e ouvindo histórias
Sobre o passado e o que há por vir.

O relógio conta as horas que
insistem em dizer que existem.
Mas o mundo não é uma ampulheta que gira.
Ora noite, ora dia.

Portanto o tempo é apenas a noção:
Passado, presente, futuro.
Sendo assim, não passa...
Nós que vamos adiante.

Os dias viram anos,
Atropelando os séculos.
Derrubando muralhas, construindo castelos.

E eu que dizia ter coragem de enfrentar o tempo.
Não me sinto hoje aquele que desafiou o enterno.
O dia é o mesmo, quem mudou foi o resto.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Lembranças e um poema a quatro mãos. (Breno Peres/ Fernanda Markus)

Flagro-me a pensar
Sobre coisas que tinha dito já esquecidas.
Ao lavar pratos, imagino como teria sido.
E ao invés de querer, evito.
Não sou mais refém do que sinto.

Não é sempre,
Mas vez ou outra,
Fico triste por ter acabado o que mal foi vivido.
Teria sido melhor se não tivesses partido...
Porém repito: não sou mais refém do que sinto.

Às vezes, desprevenido, lembro do teu jeito
E daquela mania de colocar-me defeitos...
Mas se disser que não te adorava, pode dizer que minto.
Insisto que não sou mais refém do que sinto.

E quando esqueço da vida eu lembro de ti.
Podem rir, pois quem amou não está mais aqui.
Perdido, afogo-me numa garrafa de absinto
E começo a duvidar se não sou mais refém do que sinto.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

É assim.



Todo coração é bobo...
Tudo que é penso é torto,
Nosso tempo todo é pouco.

Assim como a vida a dor é passageira,
Assim como o amor é pra vida inteira,
Assim como o tempo passa, eu mudo.

O que a morte apaga nunca houve,
O que nunca houve não viveu,
E quem não vive não sou eu!

É assim que nossa vida toda passa.
É assim... E se pararmos o tempo também passa!

Cada dia mais é um a menos,
Para se pensar no que se fez,
Pra terminar seu dever.

A cada momento eu aprendo,
Seja com meus erros ou acertos.
Mesmo sendo às vezes sem querer.

Muitas vezes eu me lembro
Das coisas que já passei
E me encorajo paras que vem!

É assim que nossa vida toda passa...
É assim... E se pararmos o tempo também passa!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Rotina.



De manhã vejo gente.
No poente vejo sombras.
À noite ouço coisas.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Sem saber.




Não importa o quanto eu fale que esqueci,
Pois são raras as vezes que não me flagro escrevendo algo sobre...
Não importa o quanto eu escreva sobre,
porque nunca vou conseguir descrever o que sinto por completo.
E provavelmente não importa o quanto leia, você nunca vai mudar de idéia.

Se estou triste ou pensativo não importa,
Porque às vezes o que penso me desanima, e me faz desistir.
Às vezes estou triste e a única solução é me alegrar.
Ao vomitar minhas verdades pra você,
eu pago o preço de talvez não te esquecer.
Ao ruminar minhas verdades pra esconder, eu pago preço de enlouquecer.

A chuva. (Letícia Alves/ Breno Peres)


A chuva vem e faz o tempo parar.
Vem e faz pensar, pensar nos feitos e não feitos.
Nos ditos e não ditos.
Quando ela passa, leva com ela
Parte das impurezas que ficam na alma,
Agregadas no cotidiano e na rotina de uma vida perturbada,
Lavando uma parte do ser,
Uma parte que volta a se sujar
A parte que nos faz ser quem somos.
O que sempre voltamos a ser, errantes.


Errantes das palavras, das idéias, dos sentimentos.
Errantes não por opção, mas porque assim somos.
A cada feito, mal feito,
A cada dito, mal dito,
Ou vacilo na hora agá.
Sempre nos deixam melhores...
Menos errantes depois do equívoco.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Talvez sem fim.


Pode parecer abusrdo.
Mas apesar de complexa a vida é simples.
Para grande parte das pessoas é difícil entendê - la, por limitá - la.


Acham que a partir do momento que nascem,
Começa a vida...
E termina assim que morrem.


Viver é sentir - se útil
Investir no que se acha correto,
Sentir emoções...
Quanto as decepções.
É gritar de alegria,
É chorar de prazer...
Brigar e saber perdoar.
Sentir a angustia de um anoitecer sozinho,
E ficar feliz por não ter alguém pra lhe regrar.
É saber perder, mas continuar tentando.
É saber ser forte e flexível nos momentos certos.
Fazer o que quer, agüentando as conseqüências do feito.


Na vida pode não ter uma receita para ser feliz.
Mas do que adiantaria uma se não souber aplicar o que ela diz?
A melhor forma de ser feliz é ser aquilo que você quer.


Não é o fato de nascer que lhe garante o viver...
A morte não apaga o brilho de quem vive de verdade.


Existem pessoas vivas que parecem mortas...
E pessoas mortas mais vivas que alguns de nós!

sábado, 31 de janeiro de 2009

Meu amigo.


Não se abale meu amigo...
Os bons tempos voltarão a ser presente em sua vida.
E no final uma grande e melhor, dessa vez, aparecerá.
Transformando o final em começo...
Começo de uma nova força maior.
Fique tranquilo!
Nada é capaz de deter a felicidade de quem nasceu pra ser feliz.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Nem tanta autonomia.




Bebo e fumo se quiser.
Compro se posso e quero.
Ouço o que me agrada.
Me alimento do que gosto.

Me odeiam com e sem motivos.
Me adoram e até me amam,
Eu querendo ou não.

Amo os que me completam e me fazem bem!

Retalhos!


Apaixonou-se!
E escreveu sobre tudo que sentia.

Escreveu sobre a falta que fazia,
as noites frias mal dormidas,
e que mal sabia o que sentia.

E então aconteceu.
Escreveu cartas de amor.
E dormia cedo pra chegar o outro dia.

O amor dela se acabou.
E então ele provou do que menos gostaria.

Voltou a ficar só,
não comia, nem dormia.
Escreveu sobre a saudade que sentia.

E mesmo com desamor,
escreveu cartas de amor.
As quais nunca mandou!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Além dos pensamentos.



Sentado pensando além dos pensamentos.
Alem do olhar parado no nada.
Vivente, crescente, mortal.
Pensando na vida!

Planos flexíveis prontos para mudanças,
De acordo com a necessidade.
Nas noites penso naqueles que darei "adeus".
Naqueles que não quero me afastar,
Mas que sei que isso não depende só de mim.

Sem perder tempo aproveito os momentos junto aos mesmos.
Espero que eles façam o mesmo com as pessoas que eles gostam.

A ultima coisa que penso é a separação pela morte,
Que por mais que seja sofrido...
Acho pior estar longe de quem gosto que esteja vivo.

A única morte que penso é a minha.
Não por medo!
Mas procuro sempre ir dormir deixando o dia que se vai resolvido.
Para que por ventura nada fique inacabado por aqui caso vá antes do que pretendo!

A vida por trás do viver!

Sonhador...
O que traduz em verso o sentimento.
Poeta é aquele que tem atitude sobre seu
pensamento.

O verdadeiro poeta é o poeta da vida.
Que na maioria das vezes não sabe rimar,
Mal sabe falar.
Porem ele sabe o que deve fazer!
Faz o que prega.
E não aquele que fala ou escreve bonito.
Não existe mau ou bom poeta...
Existe o que sabe e o que menos sabe agir.
Não se é poeta pelo que falou e escreveu.
E sim pelo que viveu.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Olhos Cansados.


Andando lentamente em passos largos e olhos cansados.
Cansados de ver fatos novos com ações repetidas.
Cansado de ver que errou e quando acertou não foi recompensado.
Ninguém entende o porquê da lentidão...
Mas ele sabe que de vagar se vai ao longe.